quinta-feira, 17 de junho de 2010

Por que não voto em José Serra?


Quero nesse espaço expor àqueles que se dispõem a visitar o blog, as razões pelas quais não voto, e jamais votarei em José Serra, também conhecido como Zé Chirico, Zé Apagão, Zé Pedágio (epítetos criados pelo jornalista Paulo Henrique Amorim)

A primeira razão é porque o ex-governador de São Paulo representa um projeto de governo conservador, que privilegia uma pequena parcela do povo brasileiro em detrimento da grande maioria. Esse projeto, defendido com fervor pela grande mídia e seus asseclas, representa um retrocesso monumental ao Brasil que construímos nos últimos sete anos e alguns meses. Que projeto é esse? Para os tucanos, demos (ex-pfl) e adoradores do deus-mercado, o Estado deve se restringir a um papel secundário na condução do crescimento do Brasil, que deve ficar nas mãos do mercado, da iniciativa privada. Empresas estatais como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobrás deveriam ser, na visão deles, privatizadas (lembram do projeto Petrobrax, na gestão FHC?) Só para constar, lembremos que durante a crise financeira que afetou o mundo inteiro em 2008, foram medidas anti-cíclicas tomadas através dessas estatais e do governo que permitiram que o Brasil saísse da crise da forma como saiu.

Declarações de políticos da direita brasileira a respeito de programas sociais implementados pelo atual governo dão um mostra da ojeriza que eles têm a noções de combate à desigualdade social, distribuição de renda e da riqueza,. E é justamente essa direita que é o sustentáculo à candidatura Serra e seu projeto de governo.

Além disso, vejo com preocupação as posturas dúbias, patéticas e desesperadas que José Serra assume para viabilizar sua assunção à presidencia. Em 2002, quando disputou sua primeira eleição com Presidente Lula, José Serra, ex-ministro do Planejamento e da Saúde de FHC, representava naturalmente a continuidade do jeito tucano de governar. Entretanto, o governo FHC apresentava altas taxas de rejeição por parte do eleitorado (que sentiu na pele os erros e irresponsabilidades postas em prática por Don Fernando) e José Serra fez de tudo para se desvencilhar da imagem de FHC. Evitava até levá-lo a comícios. De qualquer forma, perdeu.

Hoje o quadro é outro. O governo do presidente Lula goza de uma popularidade nunca antes vista; a economia do país cresce a taxas chinesas; o fosso que separa os ricos e os miseráveis diminuiu e aumentou o número de pessoas que ascenderam à classe média; a política externa brasileira nunca foi tão respeitada pelos líderes mundiais. Diante desse quadro, José Serra, que passou sete anos criticando o atual governo, passa a se apresentar com candidato da continuidade, o candidato que "pode mais". Só pode ser brincadeira, né não? O fato é que não é  brincadeira. Mas devemos ter duas coisas em mente: 1) José Serra não é o candidato da continuidade; Dilma o é. 2) José Serra representa a mudança, mas uma mudança muito perigosa, de viés elitista,  reacionário e retrógrado.

Outra análise que precisamos fazer é sobre o papel da mídia nesse processo. Já deve ter ficado claro para todo mundo que a grande mídia tem um lado (quando digo "grande mídia" , ou PIG*, conforme PHA, me refiro aos grandes meios de comunicação representados pelas Organizações Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja, dentre outros). A obviedade é desconcertante, mas repito com o risco de ser enfadonho: o lado que eles escolheram tem como representante o candidato José Serra. Em razão disso, vemos essa imprensa corporativista e de esgoto fiscalizar com olho de lupa os governos que representem um contraponto a seus projetos político-financeiros, e fazer a famosa "vista-grossa" às barbaridades político-administrativas perpetradas pelos seus apaniguados. O governo de São Paulo é o mais revelador nesse sentido. Se analisarmos as gestões municipal e estadual sob a ótica dessa grande imprensa a que me refiro, teremos a nítida impressão de que tratam-se de governos ou gestões isentas de erros, falhas. O que ocorre é que há extrema má vontade em mostrar os erros cometidos pela administração aliada, por parte d grande imprensa. O governo Lula pode ser considerado um dos governos mais fiscalizados da história por parte da imprensa. E isso não é ruim, pelo contrário, contribui para o aperfeiçoamento do processo democrático. Mas a maneira com  a pretensa isenção, amplamente alardeada pelos principais meios de comunicação, se dá é vergonhosa e afronta a inteligência do povo.

Então fica claro aqui que, além do temor de uma administração tucana desvinculada da realidade brasileira atual, descompromissada com avanços sociais inegáveis conquistados a duras penas, temo ainda os efeitos nocivos de uma imprensa atrelada a um eventual governo serrista, corrompida e imoral.

Espero ter trazido elementos suficientes para um debate aberto sobre o momento que estamos prestes a viver e decidir que tipo de Brasil queremos daqui pra frente.

Grande abraço...

PIG: Partido da Imprensa Golpista

2 comentários:

  1. Quanta asneira escritas aqui, que pensamento burro esse de que a pobreza existe por culpa dos ricos, leu demais as tosquices de Galeano, o grande idiota !!! lamentavel !!!

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  2. Programas sociais que na verdade não tirou ninguém da pobreza, arromba os cofres públicos, enche o bolso de ong's e filiados a esse partidinho de corruptos que é o PT, mensalões, caixa 2, 3, 4... achar esse governo bom é coisa mesmo de rebeldes sem causa e sem cabeça, precisam achar algum culpado pela vagabundagem de suas vidas... e nós somos a elite hahahah RISÍVEL !!

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