terça-feira, 27 de julho de 2010

Vídeo sobre casamento gay... Interessante para refletir.

Esse vídeo trata da importância do Brasil e outros países aprovarem leis que garantam o direito de os homossexuais se casarem. Reflitam.


O sucateamento da saúde pública em São Paulo

Texto de Gilson Caroni Filho e João Paulo Cechinel Souza, publicado no  Carta Maior

Nos últimos dias, temos visto uma infindável torrente de notícias trazendo o presidenciável José Serra como o baluarte derradeiro na defesa por uma saúde pública decente. Cabe-nos, entretanto, salientar alguns pontos propositalmente obscurecidos pela grande mídia sobre o tema em questão.

Desde 1998, com a eleição de Covas e a edição/promulgação de um projeto de lei pelo então presidente FHC, as Organizações Sociais (OSs) passaram a gerir uma série de instituições hospitalares Brasil afora, mas encontraram no Estado de São Paulo seu porto pacífico.

A partir de então, os hospitais e serviços de saúde, que vinham sendo administrados diretamente pelas autarquias municipais e estaduais tiveram seu gerenciamento progressivamente terceirizado, privatizado – sempre pelas mesmas (e poucas) empresas (OSs), e sempre sem licitação.

O esquema, de contratos milionários, envolve aquilo que FHC e Serra fizeram enquanto foram gestores federais: sucateamento e pauperização crescentes das estruturas públicas, principalmente as hospitalares e educacionais, e desvalorização de seus funcionários, para que o argumento privatizador pudesse encontrar respaldo junto à população em geral, com o devido apoio das corporações midiáticas.. E assim foi. E assim continua sendo São Paulo.

Serra deixou à míngua o renomado Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho (IAVC), forçando os profissionais a pedirem demissão pela falta de condições dignas de trabalho no local, relegando a segundo plano o tratamento dos pacientes que lá procuram auxílio. Preferiu deixar de lado um centro de excelência para inaugurar o resplandecente e novo Instituto do Câncer de São Paulo Octávio Frias de Oliveira (ICESP), só para homenagear seu padrinho midiático, aquele cuja família lhe oferece a logística de um jornal diário e a metodologia favorável do Datafolha.

Infelizmente, até hoje o ICESP não funciona plenamente, os profissionais de saúde têm dificuldades imensas para encaminhar para lá os doentes que dele precisam e os pacientes do IAVC continuam com sérios problemas para conseguirem ter sua saúde recuperada. 

Por conta dessa mesma terceirização da saúde pública paulista e paulistana, o vírus da dengue encontrou em São Paulo um grande apoio governamental. Minimizando a atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) na prevenção de diversos problemas de saúde, subestimando o fator pluviométrico e seu poder disseminador de doenças, a Prefeitura Municipal de São Paulo demitiu centenas de agentes de combate às zoonoses, essenciais para o controle da doença.

A responsabilidade pelo aumento de quase 4.000% no número de casos de dengue na cidade é debitada na conta da população que não está à altura da arquitetura inovadora do tucanato. Sem contar os assombrosos índices de contaminação nas cidades de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, todas administradas por políticos com ideias semelhantes às dos prefeitos paulistanos Serra-Kassab – e por eles apoiados.

Não bastasse tamanho descalabro, delegou às OSs a administração de diversas UBS, prejudicando, sobremaneira, a inserção das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Estado, onde podemos encontrar um enorme vácuo no mapa brasileiro no que diz respeito à sua efetiva implementação. A saber, as equipes de ESF são inseridas tendo em vista, basicamente, o contingente populacional a ser atendido. Com base nisso, São Paulo deveria ser o Estado com maior número de equipes – justamente o contrário ao que se constata na realidade.

No que diz respeito às estratégias de atendimento primário à saúde, Serra fragmentou todo o atendimento prestado pelas UBS, esperando, assim, reinventar a roda – e, com ela, quem o legitimasse publicamente. Essa foi a lógica que o levou a criar o “Dose Certa”, o “Mãe Paulistana” e as unidades de Atendimento Médico Ambulatorial (AMAs), que, reunidos, constituem, justamente, o que se chama no resto do Brasil de ESF.

Mas a farsa de José Serra não tem começo tão recente. Antes de redescobrir a pólvora no atendimento primário, já estava chamando para si os louros do programa dos Genéricos, verdadeiramente criado pelo médico e então Ministro da Saúde Jamil Haddad (PSB/RJ) em 1993, que, atendendo a orientações da Organização Mundial de Saúde, editou e promulgou o Decreto-Lei 793. Este sim, revogado integralmente por FHC e Serra em 1999, foi posteriormente reeditado por eles mesmos (lei 9.787/99 e decreto 3.181/99), acrescentando, vejam que pequeno detalhe, inúmeras concessões às grandes indústrias farmacêuticas.

Presidente de honra do PSB, Jamil Haddad faleceu em 2009, divulgando a todos quantos quiseram ouvi-lo que sua ideia fora usurpada por Serra e seu respectivo partido. Faltou, obviamente, o prestimoso apoio da mídia corporativa para divulgar suas denúncias.

Da mesma forma, Serra se “esquece” de mencionar outros atores importantes e nada coadjuvantes quando se refere ao Programa Nacional de Combate à AIDS. Relata sempre que foi o mais importante, senão o único, agente responsável pela implantação do Programa, tentando obscurecer os trabalhos fundamentais desenvolvidos desde meados da década de 80 pelos médicos Pedro Chequer, Euclides Castilho, Luís Loures e Celso Ferreira Ramos Filho, além da coordenação realizada dentro do Ministério da Saúde, no início da década seguinte, pelo ex-ministro Adib Jatene e pela bióloga Dra. Lair Guerra de Macedo Rodrigues.

Tanto esforço não valeu muito no município de São Paulo, que parece não ter feito a lição de casa no que diz respeito à redução da mortalidade associada à AIDS nos últimos anos – entre o final da gestão Serra e o começo da gestão Kassab (2008-2009). Segundo dados da própria Secretaria Municipal de Saúde, houve um aumento do número de óbitos pela doença no município, contrariamente ao que aconteceu no resto do país.

Muito embora essa mistura de hipocrisia e obscurantismo seja maquiada pela grande imprensa ao divulgar os feitos tucanos na área da saúde, contra ela existem fatos concretos e objetivos. E sobre isso Serra não pode fazer nada. Sobra-lhe a opção de negar sua existência ou pedir à Folha de São Paulo que reescreva a história da forma que lhe parece mais conveniente. Talvez não seja interessante para sua candidatura que se descubra o real sentido do que promete. Quando fala em acabar com as filas para a saúde estamos diante de uma proposta de modernização gerencial ou uma ameaça de extermínio? É uma dúvida relevante.

(*) Gilson Caroni Filho – professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

(*) João Paulo Cechinel Souza – médico especialista em Clínica Médica e residente em Infectologia no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

Wagner Moura declara seu voto: Marcelo Freixo. Parabéns a ambos...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Por que Chávez rompeu relações com a Colômbia

Do site Carta Maior.



Nas últimas semanas, o presidente venezuelano Hugo Chávez passou diversos sinais conciliadores para o mandatário eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, que tomará posse dia 7 de agosto. O retorno também foi promissor: o novo chefe de Estado colombiano revelou-se disposto a construir uma agenda positiva, que permitisse o pleno reatamento entre os dois países. 

Mas a aproximação foi fulminada pela ação de Álvaro Uribe, desconfortável com a autonomia de seu sucessor e o risco de perder espaço na vida política do país. Mesmo sem qualquer incidente que servisse de pretexto, jogou-se nos últimos dias a reativar denúncias sobre supostos vínculos entre as Farc e a administração chavista. 

O ápice da performance uribista foi a atual reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos), que se realiza em Washington. Bogotá apresentou provas para lá de duvidosas, que sequer foram corroboradas por seus aliados tradicionais, de que a Venezuela estaria protegendo e acobertando atividades guerrilheiras. A reação de Caracas foi dura e imediata. 

A decisão pela ruptura de relações diplomáticas, no entanto, pode ser provisória. O próprio presidente Chávez, nas primeiras declarações a respeito dessa atitude, reafirmou a esperança de que Santos arrume a bagunça armada pelo atual ocupante do Palácio de Nariño. Mas reiterou sua disposição de enfrentar e desqualificar a estratégia de Uribe. 

O presidente colombiano parece mirar dois objetivos. O primeiro deles é interno: a reiteração da “linha dura” como política interna facilita sua aposta de manter hegemonia sobre os setores militares e sociais que conseguiu agregar durante seu governo. O segundo, porém, tem alcance internacional. O uribismo é parte da política norte-americana para combater Chávez e outro governos progressistas; mesmo fora do poder, o líder ultradireitista não quer perder protagonismo e se apresenta como avalista para manter Santos na mesma conduta. 

Fontes do Palácio de Miraflores não hesitam em afirmar que as provocações de Uribe, além de fixar seu alvo no presidente venezuelano, seriam estranhamente coincidentes com o discurso de José Serra e Indio da Costa no Brasil, retomando a pauta de eventuais relações entre o PT e a guerrilha colombiana. Esses analistas afirmam que o governante de Bogotá deu um lance para se manter em evidência na disputa regional entre os blocos de esquerda e direita. 

Autoridades venezuelanas, nos bastidores, se empenham para que haja uma condenação generalizada, dos países latino-americanos, à conduta de Bogotá e ao cúmplice silêncio norte-americano. Não desejam que outras nações sigam o caminho da ruptura, mas Chávez parece convencido que seu colega colombiano não poderá ser detido com meias-palavras ou atos de conciliação. 

(*) Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi

terça-feira, 20 de julho de 2010

A história das coisas

Gostaria de pedir a todos que, eventualmente estejam passando pelo meu blog, parem um pouquinho e assistam esse vídeo abaixo. Principalmente se você é uma daquelas pessoas que acham que o capitalismo é a solução final para todos os problemas do mundo, e que se é ruim com ele, seria pior sem ele. Enfim, gostaria que você assistisse com carinho esse vídeo que mostra que a coisa não é bem assim: quem sai ganhando com as coisas do   jeito que são? quem sai perdendo (e olha que tem muita gente que sai perdendo)? Para onde toda essa situação nos levará? É possível mudar? Queremos mudar?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Serra quer instalar República Midiática

Artigo de Gilson Caroni Filho, da Carta Maior.


O processo eleitoral deste ano constitui um momento privilegiado no movimento político global da política brasileira. Uma significativa vitória das forças governistas, com a eleição de executivos e parlamentares do campo democrático-popular, pode ampliar espaços político-administrativos que continuem realizando o aprofundamento de formas participativas de gestão pública. É contra isso, em oposição virulenta a mecanismos institucionais que aperfeiçoem a democratização da vida nacional, que se voltam as principais corporações midiáticas e seus denodados funcionários.

Sem nenhuma atualização dos métodos utilizados em 1954 contra Getúlio Vargas e, dez anos depois, no golpe de Estado que depôs Jango, a grande imprensa aponta sua artilharia para os atores que procuram romper a tradição brasileira de definir e encaminhar as questões políticas de forma elitista e autoritária. Jornalistas, radialistas e apresentadores de programas televisivos, sem qualquer pudor, tentam arregimentar as classes médias para um golpe branco contra a candidatura de Dilma Rousseff. Para tal objetivo, além do recorrente terrorismo semântico, as oficinas de consenso contam com alguns ministros do TSE e uma vice-procuradora pautada sob medida.

A campanha de oposição ao governo utiliza uma linguagem radical e alarmista, que mistura denúncias contra falsos dossiês, corrupção governamental, uso da máquina pública no processo eleitoral, supostas teses que fragilizariam a propriedade privada em benefício de invasões, além do ”controle social da mídia em prejuízo da liberdade de imprensa”. Temos a reedição da retórica do medo que já rendeu dividendos às classes dominantes. Em escala nacional, os índices disponíveis de percepção do eleitorado assinalam que dificilmente os recursos empregados conseguirão legitimar uma investida golpista. Mas não convém baixar a guarda.

Se tudo isso é um sinal de incapacidade do bloco oposicionista para resolver seus mais imediatos e elementares problemas de sobrevivência política, a inquietação das verdadeiras classes dominantes (grande capital, latifúndio e proprietários de corporações midiáticas) estimula pescadores de águas turvas, vitalizando sugestões que comprometam a normalidade do processo eleitoral. Todas as forças democráticas e populares devem recusar clara e firmemente qualquer tentativa perturbadora. Sugestões desestabilizadoras, venham de onde vierem, têm um objetivo inequívoco: impedir o avanço rumo a uma democracia ampliada.

É nesse contexto que devem ser vistos os movimentos do campo jornalístico. Apesar do recuo do governo na terceira edição do Programa Nacional dos Direitos Humanos, a simples realização da Confecom foi um golpe duro para os projetos da grande mídia. A democratização dos meios de comunicação de massa está inserida na agenda de praticamente todos os movimentos sociais.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sobre o post anterior, comentários de um leitor

Publico aqui um comentário de um leitor, que teceu algumas considerações a respeito de post anterior no meu perfil do Orkut. Publico em seguida a resposta dada por mim. Só para enriquecer o debate aqui no Blog.

"Há fundamentos cristão para ser contra o casamento gay, entretanto, mesmo deixando de lado a religião, existem várias situações para se condenar esse tipo de relação.Um exemplo é quando se envolve filhos. Espero que no Brasil nunca se aprove uma lei dessa."


Resposta do blogueiro:


"Para esse tipo de situação não é necessário lei nenhuma, pois o judiciário já está concedendo guarda de filhos para casais homossexuais. Mas o grande perigo desse tipo de pensamento expresso em sua fala é tratar o homossexual como uma aberração, um ser desprezível que não teria condições de criar um filho. É uma pena, pois a opção sexual dos pais não interfere tanto assim na opção dos filhos quanto se imagina. Ou então não haveria homossexuais, pois geralmente são filhos de pais heterossexuais. Outro ponto: e se os filhos de homossexuais decidirem se tornar tambem homossexuais? Qual o problema? Sua fala é carregada de preconceito, que considero pernicioso para um debate que deveria caminhar na direção de uma convivência pacífica com o "diferente", de um respeito pelo outro. Não é o que ocorre atualmente no Brasil, mas de qualquer forma acho que o debate é importante."



Casamento civil de casais homossexuais é reconhecido na Argentina. Tem deputado no Brasil que é contra... Pelas razões mais idiotas...




Posto aqui notícia postada no Uol, e em seguida comento.


O Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quinta-feira (15) o reconhecimento do matrimônio civil de casais homossexuais, em uma medida que foi qualificada pelo deputado Paes de Lira (PTC-SP) como “um exemplo danoso” para a região.
“Não tenho dúvida de que essa decisão dará força a grupos de pressão no Brasil, grupos que já são recebidos no Congresso com uma pompa desproporcional, grupos absolutamente minoritários”, afirmou o deputado, em entrevista ao UOL Notícias. “É um exemplo danoso, muito próximo de nós.”
Paes de Lira é coautor de um projeto que pede a alteração do Código Civil, com o objetivo de tornar explícito que “nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar”. O projeto de lei 5167, em tramitação na Câmara, foi apresentado em 2009 por Lira e pelo deputado Capitão Assumção (PSB-ES).
“A Constituição do Brasil é muito clara: o casamento é a união entre mulher e homem, a família origina-se dessa união”, afirmou o deputado Lira. “Os modos alternativos são uma realidade com as qual temos que conviver, mas essa realidade não encontra respaldo nos fundamentos cristão de um país como Brasil ou mesmo Argentina”.
Para o deputado, a decisão do Senado do país vizinho é “surpreendente”. “Infelizmente os parlamentares optaram por essa linha, depois da pressão de grupos minoritários muito organizados, muito barulhentos, com financiamento internacional”, afirma.
“Tenho confiança que uma legislação assim no Brasil não passa. Eu faço parte dos que vão impedir isso de todas as formas. É inconstitucional”, argumenta Lira. “O casamento existe para perpetuação da espécie humana; até por percalços naturais, não há perpetuação com pessoas do mesmo sexo”.
O deputado acrescenta que nenhuma forma de união civil deveria ser admitida, tampouco a possibilidade de adoção por parte de casais gays. “Adoção deve ser feita por uma família, e não por um simulacro de família”, afirma.
Em primeiro lugar gostaria de parabenizar o poder legislativo de nosso país vizinho pela decisão democrática, cidadã de garantir que casais homoafetivos sejam reconhecidos pelo Estado como tal. 
Tenho muitos motivos para me declarar um não-religioso, e mais especificamente um não-cristão, convicto e orgulhoso de tal. E a cada dia percebo que minha postura, longe de me incomodar, me deixa muito tranquilo. Um dos motivos está refletido no pensamento desse parlamentar, que expondo sua crença religiosa, expõe também uma face do cristianismo ou qualquer outra religião dogmática que é conhecida pela humanidade: a intolerância, a necessidade de impor seus valores aos outros, a dificuldade em aceitar as diferenças.
Analisemos alguns pontos da fala do deputado:


"A Constituição do Brasil é muito clara: o casamento é a união entre mulher e homem, a família origina-se dessa união”


A grande questão não é o que está na Constituição, mas o que precisa ser modificado para que os homossexuais sejam amparados pelo Estado, pelo arcabouço jurídico-estatal, enquanto casal.


“Os modos alternativos são uma realidade com as qual temos que conviver, mas essa realidade não encontra respaldo nos fundamentos cristãos de um país como Brasil ou mesmo Argentina”.


O Estado brasileiro é laico. Se os fundamentos cristãos por ele adotados coincidem com o bem comum eles devem ser mantidos. Se não, não. Um grupo de pessoas, cuja opção sexual difere daquela estabelecida na Bíblia (que de sagrada não tem nada), não pode ser discriminado por isso. Os perigos da mistura de política e religião são conhecidos e devemos lutar para que livros "sagrados" não pautem a Constituição de um país.


O combate à homofobia, à discriminação, a qualquer tipo de violência contra o "diferente" deve ser implementado, mas depende muito mais de uma tomada de consciência de todos, no sentido de que o respeito ao próximo deve ser a regra, não a exceção.



sexta-feira, 9 de julho de 2010

Repórter ousa confrontar Zé Pedágio e é demitido da Cultura... É brincadeira...

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Fico estarrecido ao constatar o quão anti-democrático pode ser um político, a que ponto pode chegar para evitar que haja contestação por parte de quem quer que seja. José Serra, como mostra o vídeo acima, e como pode ser observado em toda e qualquer entrevista em que repórteres deixam de adotar uma postura subserviente e resolver exercer um jornalismo minimamente decente, esse José Serra não admite questionamentos que ponham em dúvida sua suposta capacidade administrativa. 

Gostaria de fazer, junto com o leitor, um exercício de imaginação, em que numa situação hipotética, José Serra vence as eleições de outubro e se torna presidente. O que seria da imprensa? Não falo da grande imprensa, que é completamente atrelada ao projeto político tucano, e provavelmente irá se esbaldar em um governo serrista. Na verdade me refiro à imprensa que se coloque no campo oposto, do outro lado da trincheira, com uma postura crítica... Uma amostra do tratamento a ser dado a esse tipo de jornalismo está estampada no vídeo acima. 

Gostaria de deixar, para deleite de todos o leitores, o Editorial do site Carta Maior: