quinta-feira, 21 de abril de 2011

Publicidade israelense




Uma agencia de publicidade israelense fazendo propaganda de um carro que atropelou duas crianças palestinas.

O texto em hebraico diz:vamos ver quem pode nos enfrentar.

O atropelador foi um colono judeu que sequer prestou socorro às vitimas.

Sinceramente, se os publicitários israelenses entendem que esse tipo de anuncio vende, o que esperar do restante da sociedade judaica?

É triste, muito triste...

Abaixo você assiste ao atropelamento que gerou o anúncio

Fonte: Blog do Boudokan

PS: Ainda tem alguns religiosos que colocam um adesivo com os dizeres "Eu amo Israel" em seus veículos... É lamentáel...

Mídia e a lógica implacável da mercadoria

Artigo de Venício A. de Lima, publicado no Observatório da Imprensa:



Não há qualquer novidade, mas o registro em certas ocasiões – quase um desabafo indignado – se torna obrigatório: a lógica dentro da qual opera a mídia comercial coloca seus interesses empresariais acima de literalmente tudo, ignorando os valores fundamentais da convivência humana em busca de suas metas de lucro.

Não é necessário refazer análises sobre a comprovada relação entre o entretenimento violento, as coberturas jornalísticas da violência e o aumento da própria violência na sociedade (ver, por exemplo, neste Observatório, "A violência urbana e os donos da mídia" e "A mídia e a banalização da violência").



Alguns fatos recentes apenas comprovam o que já se sabe. Confirma-se a hipocrisia ilimitada da grande mídia comercial que, apesar de conhecer perfeitamente as consequências de seus atos, finge não ter nada a ver com o que acontece. Afinal, o Ibope confirma que os índices de audiência das redes Globo e Record cresceram significativamente com a cobertura da tragédia em Realengo.

A lógica do esporte na TV

Há, todavia, um outro lado da lógica do entretenimento associado às transmissões esportivas que nem sempre transparece para o grande público.

Depois do acidente de ônibus com a delegação do Vôlei Futuro, que seguia para o primeiro jogo da fase semifinal da Superliga Feminina contra o Sollys/Osasco, na terça-feira (12/4), iniciou-se uma imensa pressão da TV Globo e da Confederação Brasileira de Vôlei para o cumprimento do calendário e a realização das partidas.

O Twitter de uma das jogadoras foi reproduzido em post no blog do comentarista Bruno Voloch, na quinta-feira (14), e revela a verdadeira dimensão da perversidade desumanizada que opera nessas circunstâncias. Transcrevo:

"Indignada com a CBV, Joycinha desabafa: ‘A TV está pressionando, mas somos seres humanos’

"A pressão da TV Globo e da CBV pela realização da primeira partida semifinal entre Osasco e Vôlei Futuro até o próximo dia 19, deixou revoltada a oposta Joycinha do time de Araçatuba.

"Através do Twitter, a jogadora reclamou e se mostrou indignada:

"‘Nesse momento não tem que pensar em televisão. A televisão está pressionando, mas tem que lembrar que somos seres humanos’.

"Joycinha não economizou críticas aos responsáveis pela superliga:

"‘Psicologicamente estamos muito abaladas. Fisicamente, também não estamos legal. Estamos bem, mas para jogar vôlei, cair na quadra e saltar, não. É preciso ter o mínimo de bom senso’.

"Joycinha está com vários hematomas no rosto e com dores no pescoço.

"Conforme o blog informou, a CBV colocou à disposição do Vôlei Futuro as datas entre 15 e 19 de abril para a realização da primeira partida. A TV Globo não admite a idéia de fazer a decisão da superliga em maio e a data para a decisão está marcada para 30 de abril no Mineirinho em Belo Horizonte."


O que se pode fazer?

A saída para escapar à lógica comercial prevalente na grande mídia é o fortalecimento do sistema público que, pelo menos em tese, coloca o interesse público em primeiro lugar.

Quem sabe, viveremos para ver um marco regulatório que coloque efetivamente em funcionamento o princípio da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de radiodifusão que adormece há mais de 22 anos no artigo 223 da Constituição?

A ver.

sábado, 16 de abril de 2011

Para O Globo, pobre (ainda mais do MST) merece menos que cavalo




É simplesmente nojenta a matéria de capa e manchete da página 10 de hoje de O Globo.
Faz um escândalo  com o fato de o Governo da Bahia (leia-se Jacques Wagner) mandar dar comida aos mais de três mil pobres do MST que, pedindo um pedacinho de terra, ocuparam pacificamente a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do Estado.
Comida, arroz, feijão e  o pior,  carne. Menos de 200 gramas por dia para cada pessoa, mas é um absurdo!
E banheiros químicos, vejam que despautério, para que eles façam suas necessidades.
Ah, e chuveiros e água, para tomarem banho.
É, como diz o jornal, “uma colônia de férias”. Vocêr pode ver na foto uma atividade de lazer: fazer carne de sol, para guardar um pouco para ter o que comer amanhã, que luxo!
A matéria é tão abjeta que nem mesmo encarregaram um repórter do jornal de fazê-la. Encomendaram-na de um graduado do jornal A Tarde, de Salvador, conhecido pelas ligações que diz não ter com o carlismo.
Carne para os sem-terra comerem, que escândalo. Um abuso, uma fartura, um exagero. Ora, nem os cavalos do Haras da família Marinho “comem carne, onde já se viu! Segundo a Folha, só ração e feno trazido do sul, além de linhaça. “Sem frescura”, diz o jornal. Tomam banho com xampú neutro, enquanto os sem-terra esbanjam com sabão de côco.
Os cavalos do Haras Marinho só custam, além disso, mais R$ 3.600 por mês ou mais R$ 1.000, quando vão para um SPA. Preços de 2009, está na Folha.
Ah, a elite brasileira e sua mídia “Maria Antonieta”…Acho que a opção “www.brioches.com” aí da pesquisa sobre o nome do site de Figueiredo Henrique Cardoso vai ganhar uns votinhos…

Fonte: Tijolaço.com

O sonhado relatório para a Fifa


Por RAFA KLEIN*


Tive um sonho esquisito.
Sonhei que o Joseph Blatter me ligava para falar da Copa de 2014 (eu preferia que fosse a Gisele Büdchen, mas fazer o quê, não dá para manda nos sonhos da gente).
Ele me cobrava uma resposta final sobre estádios e projetos de melhorias das cidades-sede.
Sem saber o que falar, argumentei que faltavam ainda três anos para 2014, que temos muito tempo, e todas essas coisas que diz quem está atrasado nas suas obrigações.
Ele respondeu aos berros: “2014 é amanhã. E vocês, brasileiros, deixam tudo para depois de amanhã.”
Diante da bronca, fiz um relatório tentando mostrar ao Zé Blatter que está tudo bem e que a Copa aqui vai ser um sucesso:
Expliquei que o Rio está bem avançado, com 3 estádios prontos: o Engenhão, o de Volta Redonda e o de Macaé.
Como o Engenhão não caiu nas graças do torcedor, eu sugeri fazer a abertura em Macaé, evitando a Linha Vermelha, que é tranquila, mas sofre eventualmente de congestionamento de arrastões.
O problema da mobilidade urbana de São Paulo já estaria resolvido, porque em 2014 todos andarão a pé, queiram ou não.
Estádio também não é problema.
O Fielzão já está pronto no computador e, ainda assim, argumentei que se os jogos forem realizados no terreno como está, vai caber muito mais gente do que em no estádio depois de construído.
Uma inovação que só uma Copa no Brasil poderia trazer.
No Rio Grande do Sul, tem o estádio do Inter em fase avançada de reformas, mas como não gostamos de nada fácil, devemos realizar os jogos no ainda não existente estádio do Grêmio.
O Rio Grande do Norte tem problemas, é verdade, mas temos um plano B que é usar o estádio do Inter como base.
A distância não será problema, é tudo Rio Grande mesmo.
Em Salvador tem o maior metrô do mundo, tanto que levou mais de 20 anos para ficar pronto desde que começou a ser construído.
E, convenhamos, o que é que tem funcionar apenas 4 km durante a Copa se ele é o maior do mundo?
E disse mais.
Que o estádio de Recife não vai ter dono, mas vai ser absolutamente viável.
Que em Brasília o estádio é adequado, sim, aos tamanhos dos times locais que são Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo.
E que 30% dos aeroportos utilizados na Copa estarão operando dentro da capacidade, o que é um crescimento de 30% em relação ao que a gente tem hoje.
Enfim, não temos com o que nos preocupar.
Depois da explicação ele desligou o telefone berrando de felicidade.
Acordei e agradeci por não ter que falar com o Blatter novamente ao telefone.
Ele grita muito. Horas depois, li nos jornais que ele andou a elogiar a preparação do Brasil para a Copa de 2014.
De duas, uma: ou tudo era verdade e eu mandei muito bem nas minhas explicações, ou ainda estou sonhando.

*Rafael Klein Pedroso é publicitário.


Fonte: Blog do Juca

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mal-agradecida, Folha ataca novela do SBT

A Folha de São Paulo ficou enfurecida com o relato real de torturado que a novela Amor e Revolução levou ao ar ao fim do seu capítulo da última quinta-feira. Foi por isso que o jornal pôs, neste domingo, seu colunista-bombril, Fernando de Barros e Silva, para atacar a produção do SBT.
O relato que enfureceu o jornal paulista foi o de Rose Nogueira, que, sorvendo uma doce vingança, citou a Folha da Tarde ao descrever as sevícias que sofreu nas mãos da ditadura. Quem é Rose Nogueira? Ah, ela tem uma história com o Grupo Folha…
Antes de tratar do disparo que a Folha fez no que viu e que errou, porque pegou no que não viu, relembremos quem é Rose. Ela foi presa em São Paulo em 1969 e solta em 1970. Era jornalista da Folha da Tarde – jornal antecessor da Folha de São Paulo, também de propriedade da família Frias – e foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Antes de prosseguir, peço que o leitor assista, abaixo, ao depoimento que Rose deu ao SBT para ser exibido em sua novela. Atente para o fato de que ela põe ênfase no nome da Folha da Tarde, citando-a duas vezes. Em seguida, continuo.
Se o prezado leitor já se recuperou do choque que relato tão duro causa, vejamos por que Rose cita a Folha. E será melhor usar as próprias palavras da depoente para explicar o que tem o seu antigo empregador que ver com o que ela passou na ditadura:
Ao buscar, agora, nos arquivos da Folha de S. Paulo a minha ficha funcional, descubro que, em 9 de dezembro de 1969, quando estava presa no DEOPS, incomunicável, “abandonei” meu emprego de repórter do jornal. Escrito à mão, no alto: ABANDONO. E uma observação oficial: Dispensada de acordo com o artigo 482 – letra ‘i’ da CLT – abandono de emprego”.
Por que essa data, 9 de dezembro? Ela coincide exatamente com esse período mais negro, já que eles me “esqueceram” por um mês na cela.
Como é que eu poderia abandonar o emprego, mesmo que quisesse? Todos sabiam que eu estava lá, a alguns quarteirões, no prédio vermelho da praça General Osório. Isso era e continua sendo ilegal em relação às leis trabalhistas e a qualquer outra lei, mesmo na ditadura dos decretos secretos. Além do mais, nesse período, caso estivesse trabalhando, eu estaria em licença-maternidade.
Não sabíamos disso. Nem eu nem Cláudio Abramo, que tentou interferir para me reconduzir ao trabalho na saída da prisão, sem sucesso. Imagino que ninguém da empresa, atualmente, deva saber ou se interessar por esse assunto. A culpa não é deles. Não sei se isso mudou a minha história, a minha vida. Estou viva.
Pois é… Duro, não?
Enfim, mas a questão é que a Folha não gostou. Apesar de, durante as comemorações dos seus 90 anos, o jornal da ditadura ter reconhecido a parte legal de sua atuação pró regime militar, há partes que os Frias não aceitam discutir porque depõem contra a memória do patriarca da família, hoje na terra dos pés juntos.
Vamos, pois, ao ataque do poodle mais feroz do Otavinho à novela do zangado Senor Abravanel, que não gostou nada, nada de a mídia tê-lo exposto no caso do Banco Panamericano com o Fundo Garantidor. E, em seguida, o que penso do que escreveu.
—–
FOLHA DE SÃO PAULO
10 de abril de 2011
Aposta do SBT não vale como ficção nem como documento
Enredo confunde dados históricos e direção remete a dramalhão mexicano


NA NOVELA COM INTENÇÕES EDIFICANTES, ADULAR A PRESIDENTE PARECE MAIS IMPORTANTE QUE ESCLARECER AS MASSAS


FERNANDO DE BARROS E SILVA
COLUNISTA DA FOLHA
Líder estudantil delicada e idealista, filha de pais comunistas, Maria Paixão (Graziela Schmitt) é a heroína da trama. Seu par romântico é José Guerra (Claudio Lins), jovem major fiel aos ideais democráticos, filho do general Lobo Guerra, da linha dura do Exército. “Maria” e “José”, “Paixão” e “Guerra” -isto é “Amor e Revolução”, novela sobre a luta armada que estreou na terça, no SBT.
Mais do que maniqueísta, tudo é muito primário. O principal vilão, supostamente inspirado na figura de Sérgio Paranhos Fleury, o chefe torturador do Dops (a polícia política da ditadura), se chama Delegado Aranha (Jayme Periard). Seu assistente no porão da tortura é o inspetor Fritz (Enando Tiago).
O assunto é sério, o SBT criou enorme expectativa em torno da novela, mas o resultado é uma piada.
As novelas da Globo, que nos servem de referência, também são ruins. Em “Passione”, para citar um exemplo recente, havia uma mixórdia de gêneros -o pastelão farsesco, a trama policialesca, o drama social, o folhetim romântico- convivendo num mesmo enredo, obviamente desprovido de qualquer unidade dramatúrgica.
Esse Frankenstein estilístico é uma aspiração deliberada da novela global, uma fórmula com que a emissora busca atender às demandas de um público heterogêneo, que ela trata de massificar diante da tela.
“Amor e Revolução” é ruim em outro sentido. O SBT quis fazer um banquete, mas não domina a receita do suflê. Tudo é tecnicamente precário, mas não exatamente “pobre”. Temos uma superprodução “trash” -ou, talvez, uma “supertrash” produção.
A direção de atores nos remete àqueles dramalhões mexicanos. Os diálogos são postiços, ginasianos e involuntariamente cômicos -uma mistura de CPC (os centros culturais do catecismo socialista dos anos 60) com “A Praça É Nossa”.
Eis um exemplo: um casal de guerrilheiros veteranos está num sítio idílico, à beira da cachoeira. Jandira (Lúcia Veríssimo) se vira para Batistelli (Licurgo Spinola) e pergunta: “Você me trouxe aqui para fazer amor ou fazer a revolução?”. E ele: “Os dois. O amor cria tudo, a revolução muda tudo”. Os dois então se amam nas águas, na mesma toada da novela “Pantanal”.
Não é só. Falta a “Amor e Revolução” aquele mínimo de verossimilhança que a ficção com pretensões históricas deveria ter. A novela começa com uma chacina de estudantes que articulavam a guerrilha numa chácara. Os assassinos são Lobo, Aranha e sua turma. Mas tudo isso se passa antes do golpe de 31 de março de 1964.
Não havia, então, guerrilha no Brasil. A tortura contra adversários da ditadura só seria adotada pelo regime de modo sistemático depois do AI-5, em 1968. “Amor e Revolução” mistura tudo no liquidificador. Não presta como obra de ficção nem tem valia como documento histórico.
Restam, além das cenas abundantes de tortura, os depoimentos de personagens reais ao final de cada capítulo, como costuma fazer Manuel Carlos. É bom que o povo que gosta do programa do Ratinho conheça os horrores de que foi capaz a ditadura.
Na novela com intenções edificantes do SBT, porém, adular a atual presidente parece mais importante do que esclarecer as massas.
NA TV 
Amor e Revolução
Novela de Tiago Santiago no SBT
QUANDO de seg. a sex., às 22h15
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO ruim
—–
Há que rir, primeiro, é da “avaliação ruim” ao pé da matéria. Como se fosse possível que um jornal que ajudou a implantar a ditadura, e que foi seu instrumento, pudesse gostar de alguma maneira de uma novela denunciando essa mesma ditadura. Só podia avaliá-la como ruim, ora.
Barros e Silva, que em 1964 nem nascido era, confunde tudo. Acha que a extrema-direita só começou a atacar e torturar comunistas depois do AI-5. Por má fé ou ignorância, confunde a cena inicial da novela, em que um grupo de jovens se reúne em um sítio para sonhar com o socialismo, com a guerrilha de resistência à ditadura.
Dá vontade de rir quando o colunista chama de “maniqueísmo” mostrar o nível de criminalidade que envolvia os autores do golpe de 1964. Queria que o SBT apresentasse uma história em que os bandidos não fossem apresentados como tal, no mínimo.
E a parte da resenha que o totó do Otarinho faz sobre a novela que afirma que esta se destina a adular Dilma Rousseff, isso pertence à Coleção Folha de Fantasias, que tem “Best-Sellers” como Ficha Falsa da Dilma e Menino do MEP. Só esses palhaços acreditam – ou dizem que acreditam – que Dilma favoreceria Silvio Santos (de que maneira?) por conta de uma novela.
Todavia, a Folha atirou no que viu e acertou no que não viu. De fato há uma grave incongruência histórica na novela Amor e Revolução: a imprensa golpista, que teve papel crucial na instalação da ditadura e na tortura e assassinato de presos políticos, sumiu da trama.
Essa Folha… Quanta ingratidão. Deveria agradecer a Silvio Santos por esconder os crimes da imprensa golpista. Em vez disso, ataca o benfeitor com críticas que presumem que o leitor é tão idiota quanto o seu improvisado crítico-pistoleiro de plantão.

Fonte: Blog da Cidadania

Quem será o próximo Ídolo do Brasil? Boa pergunta...



Por Pedro Junior

Teve início recentemente mais uma versão de Ídolos na rede Record, com apresentação de Rodrigo Faro, e nova composição do corpo de jurados, que agora conta com Rick Bonadio e Luiza Possi. O programa, que já foi atração na emissora de Silvio Santos, é inspirado no estadunidense American Idol, que está, nesse momento, em sua fase final e apresentou candidatos muito bons.

Falo sobre esse programa apenas para fazer constar a imensa diferença entre os dois programas que consegui captar nos momentos em que me dispus a assisti-los (que, aliás, não foram poucos). Registro aqui a minha imensa reserva no que diz respeito a qualquer tipo de "hegemonização", principalmente cultural e particularmente vinda dos Estados Unidos. Entretanto a diferença nos "talentos" em cada programa é gritante.

O Ídolos  estadunidense tem apresentado performances inesquecíveis de seus candidatos, que possuem indiscutível talento, e certa pluralidade de estilos. Provavelmente o que leva tantos artistas a lutar por um lugar na competição é o fato de muitos dos vencedores de edições anteriores term se tornado "sucesso" na indústria musical estadunidense.

No Brasil, o público parece não dar tanto valor a artistas "fabricados" pela mídia. Senão vejamos. O que aconteceu  com os artistas que venceram o extinto programa global caça-talentos Fama? O que dizer dos outros "Ídolos" do Brasil, vencedores das edições da Record e SBT? Rouge? Bro'z? Alguém se lembra ao menos de seus nomes? Nada né... Exceto pelos cinco minutos de fama que a exposição televisiva garante, não há nenhuma outra garantia de sucesso. Pelo contrário, parece haver uma espécie de maldição anti-vencedores-de-programas-caça-talentos. Isso talvez explique a quantidade de candidatos aprovados nessa primeira fase que considero no máximo comuns. Bem comuns. Realmente decepcionante.

Outro aspecto a se considerar é a apresentação de Rodrigo Faro, nova "estrela" da Record que vem ganhando bastante espaço na emissora depois que passou a apresentar o programa de sábados "Melhor do Brasil". Contudo, na apresentação de Ídolos, sua atuação tem sido no mínimo muito chata. Com quadros em que exercita um tipo de humor duvidoso, cansativo, repetitivo e forçado, a atração fica muito a desejar. As tais atrações toscas, que geralmente são o principal chamariz de audiência, tem sido insossas. Até agora o programa não deixou "gosto de quero mais" nos telespectadores, e pode ser um retumbante fracasso.

sábado, 9 de abril de 2011

Cerca de 20 palestinos morrem na pior ofensiva israelense em dois anos



Cerca de 20 palestinos morreram e mais de 50 ficaram feridos desde o início da pior ofensiva israelense em Gaza desde que há dois anos Israel deu por concluída a operação militar "Chumbo Fundido".
A escalada começou na quinta-feira (07/04), quando um foguete lançado de Gaza atingiu um ônibus escolar israelense e feriu um menor e o motorista, e desde então a onda de violência entre ambas as partes prossegue de maneira ininterrupta.
A série de agressões e represálias disparou neste sábado (09/04) com um ataque aéreo israelense no sul de Gaza que matou um comandante e dois milicianos do braço armado do Hamas, que ao longo da manhã respondeu intensificando o lançamento de foguetes contra Israel.
Segundo fontes militares israelenses, dois foguetes Grad lançados de Gaza caíram ao meio-dia do horário local na cidade israelense de Ofakim, enquanto mais de 20 morteiros atingiram os arredores de Eshkol, ambas as localidades situadas em áreas de fronteira com a faixa palestina. 
Enquanto isso, o sistema de defesa antimíssil "Cúpula de Ferro", que Israel posicionou na região no final de março, interceptava vários foguetes dirigidos contra a cidade de Be'er Sheva, a 60 quilômetros de Gaza e capital do sul israelense, onde o pânico começa a se espalhar.
De acordo com a imprensa local, centenas de milhares de moradores na região utilizaram nas últimas horas os refúgios para se proteger do lançamento dos projéteis, que não causaram vítimas.
Após o ataque contra o automóvel em que viajavam o comandante Abu Snima e dois milicianos das Brigadas Izz al-Din Al Qassam, braço armado do movimento islâmico Hamas, o porta-voz dos serviços médicos do Hamas, Adham Abu Selmeya, cifrou em 18 o número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva israelense.
Segundo Selmeya, 11 mortos pertenciam a forças do Hamas e sete eram civis, que são maioria entre as dezenas de feridos.
O ataque contra Abu Snima e seus acompanhantes teve como cenário a cidade de Rafah e aconteceu depois que, de acordo com fontes militares israelenses, dezenas de foguetes lançados de Gaza atingiram o território israelense durante a noite passada.
Ofensiva
A atual onda de violência é a mais agressiva desde o fim da operação militar israelense "Chumbo Fundido" - que tirou a vida de 1.400 palestinos, em sua maioria civis, e 13 israelenses -, há dois anos.
O Hamas e os grupos armados de Gaza declararam na quinta-feira à noite um cessar-fogo sobre o qual Israel afirma não ter tomado conhecimento, e a ANP (Autoridade Nacional Palestina) fez na sexta-feira (08/04) um apelo à cessação das hostilidades, que foi ignorado.
Nabil Shaath, assessor do presidente palestino, Mahmoud Abbas, reiterou neste sábado o chamado à calma e anunciou que caso prossigam as tensões a ANP pedirá uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para conter a violência.
Além disso, o primeiro-ministro do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, pediu nesta manhã a Israel que detenha os ataques.
Após responsabilizar o Hamas pelo ataque contra o ônibus escolar, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu na quinta-feira, no início da ofensiva militar israelense, que o movimento palestino tinha cruzado "todas as linhas vermelhas".
O chefe do governo de Israel declarou que "quem quiser ferir e matar crianças deve saber que esse sangue pesará sobre si". 

Os fatos respondem por si



Não consigo tirar da cabeça o pastor calvinista aqui de Natal que teimou em afirmar a mim que não existe homofobia ou crimes de ódio contra homossexuais no Brasil.  Contei essa história aqui e aqui. Alguém que tenta atropelar os fatos para confirmar suas posições ideológico-teolígicas não deveria merecer tanta atenção. Mas ele é um líder evangélico conhecido na cidade e um dos pastores de uma igreja razoavelmente numerosa por aqui.
Enfim. Na mesma semana em que escrevo sobre ele, pelo menos dois casos – sem contar as manifestações pró-Bolsonaro de hoje em São Paulo – revelam o peso da homofobia no país.
O primeiro caso, relatei aqui: uma fazendeiro, em Goiás, matou ao lado de dois filhos a adolescente que namorava sua filha. O crime da moça era ser lésbica.
Ontem, outro crime horrendo, dessa vez registrado em vídeo, em Jaru, Rondônia. O rapaz de 17 anos é espancado por seis homens incentivados por uma mulher. O que ele fez para ser chamado de “safado” na gravação e ser espancado brutalmente? Ser gay. Você pode ler sobre o crime aqui e ver o vídeoaqui.
A insanidade de alguém que, por não concordar com o PLC 122, afirma não haver crimes cometidos por homofobia no Brasil se assemelha a quem diz que não há racismo por aqui. As ideias facistas que têm circulado com força, desde, especialmente, as eleições do ano passado, são perigosas para o nosso pleno convívio social. “Direitos humanos para humanos direitos”, “Bandido bom é bandido morto” e as teses contra homossexuais são espantosamente virulentas e, caso ganhem ainda mais espaço, terminarão por nos fazer sucumbir como civilização.
Ontem mesmo recebi mais um e-mail desse pastor. O presbiterianismo no Brasil costuma ter um forte discurso anti-católico, mas para espalhar suas asneiras não deve haver problemas em citar um católico conservador. O eleito desta vez foi o ministro da família do Vaticano, Ennio Antonelli, que afirmou uma teoria da conspiração global para fazer de metade da população global homossexuais em 20 anos.
A imbecilidade dessas ideias é tão descabida que o sujeito não percebe que não consegue fazer de um gay heterossexual: por que acha que o oposto poderia acontecer? Por que acha que alguém se tornaria homossexual sob influência de uma conspiração, ao mesmo tempo em que procura transparecer que acredita que a orientação sexual é algo da individualidade do sujeito? Porque, na verdade, não têm fundamento para afirmar suas ideias. São perdidos em busca de um discurso.
Sugiro que possam encontrar esse discurso na cruz. Querem crucificar os outros. O nosso Senhor esteve naquela cruz pelos desprezados, humilhados, explorados. Pelos que não eram. Por mim, hetero. Por Madalena, que tinha sete demônios. Pela adúltera, pelo publicano. Por que tem gente que teme em achar que Jesus quer ver os homossexuais espancados, mortos, julgados e condenados, como Ele mesmo foi? E por que defendem, com vieses cristãos de discurso e teologia, posições tão absurdas quanto as que dizem não haver homofobia em nosso país?