domingo, 15 de agosto de 2010

Comparação das entrevistas de José Serra e Dilma Rousseff, ao Jornal Nacional

Pesquei esse artigo no blog Curso Básico de Jornalismo Manipulativo. Gostaria de pedir a vc leitor que tenha paciência e leia até o final. Extremamente importante para entendermos que a Globo possui lado, e trabalha de forma escancarada para eleger o candidato desse lado. O artigo faz, inclusive, uma comparação de imagens que demonstra o quão favorável a emissora foi ao candidato José Serra, mas que talvez não seja perceptível durante a transmissão do Jornal. É uma vergonha.
GRUPO CONTRA GRUPO X PESSOA CONTRA PESSOA
Imagine a seguinte situação.
Uma empresa contrata um CEO (Chief Executive Officer – o “chefão”), e este forma a sua equipe. Uma exigência do CEO à assembleia de acionistas: vender tudo que for possível para poder investir no desenvolvimento da empresa.
O.K. Entra uma montanha de dinheiro, e a empresa não enfrenta nenhuma crise realmente grave, interna ou externamente, durante oito anos. Resultado: nesse período, o CEO vai em desespero aos bancos, três vezes, medida necessária para a empresa não quebrar.
Ao final dos oito anos, a assembleia agradece (meio contrariada) os esforços do CEO e de sua equipe e contrata outro CEO, pouco prestigiado no meio. Ele e seu equipe têm a missão de recuperar uma empresa praticamente falida, com péssima imagem no mercado. Internamente, os empregados sentem vergonha de trabalhar em suas funções.
Ao longo de 8 anos, essa nova equipe enfrenta uma das maiores crises internas da história da empresa. E a maior crise externa do mercado, em décadas. Resultado: a equipe consegue levar a empresa a uma situação favorável inédita: capitalizada, valorizada no mercado, em fase de franco desenvolvimento. Internamente, os empregados sentem orgulho de trabalhar em suas funções.
Findo esse período de 8 anos, aquela turma que havia quebrado três vezes a empresa apresenta um novo CEO (na verdade, um dos membros mais destacados da antiga equipe) e este afirma, na assembleia de acionistas, ter o grupo mais competente para gerir essa fase de desenvolvimento pujante: o mesmo grupo que quase levara à falência a promissora empresa.
Pode imaginar a gargalhada geral? E a cena que entrará para o folclore da empresa?
* * * * *
Quem percebeu primeiro que a comparação entre os oito anos de um grupo e os oito anos do outro grupo seria o principal critério de avaliação da “assembleia de acionistas” (metáfora, é claro, do grupo de eleitores brasileiros)? E quem percebeu primeiro que qualquer candidato do segundo grupo ganharia mesmo do mais destacado candidato do primeiro grupo, na votação dos “acionistas”?
Aquele cujo nome preferimos não citar – e que é o principal líder do “outro lado”.
Quando “ele” lançou a candidata politicamente inexperiente e desconhecida do grande público, “nossos” especialistas afirmaram: “Vai perder de lavada”. Passaram-se meses até todos entenderem o óbvio.
Grupo contra grupo – eis a verdadeira questão das eleições presidenciais, na visão da população brasileira. Os dois tiveram a mesma chance, o mesmo tempo para mostrar sua capacidade administrativa. A população viveu os dois períodos, a população se lembra, a população compara. E os resultados, reconheçamos, não favorecem o “nosso lado”.
Então…
Muda-se o critério. Agora é pessoa contra pessoa.
Para entender a diferença de tratamento dos dois candidatos no minuto diário do “Jornal Nacional” e nas entrevistas individuais é preciso atentar para esse contexto comparativo – e para a intenção de mudar o foco da comparação.
Se o “nosso lado” produzisse um folheto de cordel, o título seria: “A peleja do Mais Preparado contra a Ilustre Desconhecida”.
Esse foco ficou patente na entrevista da candidata Dilma. As sete primeiras intervenções dos entrevistadores, seis perguntas e uma réplica, centraram-se na inadequação da candidata para o cargo de presidente da República, uma por motivo político (a primeira) e as outras por motivo de personalidade.
* * *

1. William Bonner: Candidata, o seu nome como candidata do PT à presidência foi indicado diretamente pelo presidente Lula, ele não esconde isso de ninguém. Algumas pessoas criticaram, disseram que foi medida autoritária, por não ter ouvido as bases do PT. Por outro lado, a senhora não tem experiência eleitoral nenhuma até esse momento. A senhora se considera preparada para governar o Brasil longe do presidente Lula?
2. William Bonner: Mas a sua relação com o presidente Lula, a senhora faz questão de dizer que é muito afinada com ele. Junto a isso, o fato de a senhora não ter experiência e ter tido o nome indicado diretamente por ele, de alguma maneira a senhora acha que isso poderia fazer com que o eleitor a enxergasse ou enxergasse o presidente Lula como um tutor de seu governo, caso eleita?
3. Fátima Bernardes: A senhora falou em temperamento. Alguns críticos, muitos críticos e alguns até aliados falam que a senhora tem um temperamento difícil. O que a gente espera de um presidente é que ele, entre outras coisas, seja capaz de fazer alianças, de negociar, ter habilidade política para fazer acordos. A senhora de que forma pretende que esse temperamento que dizem ser duro e difícil não interfira em seu governo caso eleita?
4. Fátima Bernardes: Agora, no caso, por exemplo, a senhora falou de não haver cassetete, mas talvez a forma de a senhora se comportar. O próprio presidente Lula, este ano em discurso durante uma cerimônia de posse de ministros, ele chegou a dizer que achava até natural haver queixas contra a senhora, mas que ele recebeu na sala dele várias pessoas, colegas, ex-ministros, ministros, que iam lá se queixar que a senhora os maltratava.
5. Fátima Bernardes: Como mãe eu entendo, mas como presidente não tem uma hora que tem que ter facilidade de negociar, por exemplo, futuramente no Congresso, com líderes mundiais, ter um jogo de cintura ai?
6. William Bonner: O presidente falou em maltratar, não é, candidata?
7. William Bonner: Não, ele disse isso. A senhora me perdoe, mas o discurso dele está disponível. Ele disse assim: as pessoas diziam que foram maltratadas pela senhora. Mas a gente também não precisa ficar nessa questão até o fim, têm outros temas.”
* * *
Por comparação, subentende-se que o outro candidato é o mais preparado para ocupar o cargo.
Repare que todas essas perguntas tinham como objetivos colocar a entrevistada na defensiva e não permitir que ela fizesse afirmação alguma sobre as realizações do seu governo ou sobre a sua plataforma política – justamente os seus pontos fortes.
Compare com estas duas perguntas feitas a Serra, sutis e apropriadas “levantadas de bola” para que discursasse sobre suas realizações (algumas não realmente”suas”), sem questionamento por parte dos entrevistadores.
* * *
3. Fátima Bernardes: O senhor tem insistido muito na tecla de que o eleitor deve procurar comparar as biografias dos candidatos que estarão concorrendo, que estão concorrendo nesta eleição. O senhor evita uma comparação de governos. Por exemplo, por quê, entre o governo atual e o governo anterior?
Comparação pedida, comparação feita.
4. Fátima Bernardes: Mas, por exemplo, avaliar, analisar fracassos e sucessos não ajuda o eleitor na hora de ele decidir pelo voto dele?
Análise pedida, análise feita.
Já no caso da candidata Dilma, os entrevistadores estavam prontos para rechaçar os pontos positivos do seu discurso:
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10. William Bonner: Errou lá atrás?
11. William Bonner: O resumo é: o PT não errou nem naquela ocasião, nem agora.
13. William Bonner: Mais duro do que no Uruguai e na Bolívia, candidata?
14. William Bonner: Correto, candidata. Mas a Rússia. A Rússia também teve dificuldades e é um país enorme…
15. William Bonner: Mas abaixo dos demais.
19. Fátima Bernardes: Mas, candidata, esses são dados de seis anos. Quer dizer, esse resultado que a senhora está falando… vai aparecer de um ano e meio para cá?
O PASSADO DA CANDIDATA X O FUTURO DO CANDIDATO
Outro tema importante que vem se desenvolvendo no “minuto do candidato” é a associação da ex-ministra com o governo “passado” e a associação do ex-governador com o governo futuro.
Essas associações foram reforçadas nas entrevistas. Das 19 intervenções feitas na entrevista com a ex-ministra Dilma, se descontadas as sete desqualificações pessoais sobram doze; três intervenções centraram-se em alianças políticas questionáveis que, como se sabe, mas finge-se não saber, todos os partidos têm; três foram interrupções de raciocínio; e seis centraram-se justamente na desqualificação de realizações do Governo Lula: duas perguntas e as quatro últimas réplicas acima (13, 14, 15, e 19).
* * *
12. William Bonner: O PT tem hoje nas costas oito anos de governo, então é razoável que a gente aborde aqui alguma das realizações. Vamos discutir um pouco o desempenho do governo em algumas áreas, começando pela economia. O governo comemora muito melhoras da área econômica, no entanto, o que a gente observa, é que quando se compara o crescimento do Brasil com países vizinhos, como Uruguai, Argentina, Bolívia, e também com os pares dos Brics, os chamados países emergentes, como China, Índia, Rússia, o crescimento do Brasil tem sido sempre menor do que o de todos eles. Por quê?
18. Fátima Bernardes: Vamos falar um pouquinho de outro problema, que é o saneamento. Segundo dados do IBGE, o saneamento no Brasil passou de 46,4 para 53,2 no governo Lula, um aumento pequeno, de 1 ponto percentual mais ou menos ao ano. Por que o resultado fraco numa área que é muito importante para a população?
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Na entrevista com o ex-governador, esse passado da candidata, na forma do passado de seu partido, ocupou um bom tempo de conversa. As intervenções de 6 a 9 permitiram que o tema do mensalão do PT, também levantado na entrevista com Marina Silva, servisse de motivo de críticas ao partido da candidata rival.
Dos três mensalões da política nacional, dois (o mineiro e o do DEM) qualificavam-se como fontes de perguntas constrangedoras para o candidato do “nosso lado”. O escolhido, corretamente, foi o mensalão do PT.
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6. William Bonner: Uma questão política. Nesta eleição, existem contradições muito claras nas alianças formadas pelos dois partidos que têm polarizado as eleições presidenciais brasileiras aí nos últimos 16 anos, né? O PT se aliou a desafetos históricos. O seu partido, o PSDB, está ao lado do PTB, um partido envolvido no escândalo do mensalão petista, no escândalo que inclusive foi investigado e foi condenado de forma muito veemente pelo seu partido, o PSDB. Então, a pergunta é a seguinte: o PSDB errou lá atrás quando condenou o PTB ou está errando agora quando se alia a esse partido?
7. William Bonner: Os nomes de petebistas, todos, uma lista muito vasta, começando pelo Maurício Marinho.
8. Willlam Bonner: Não, exato.
9. William Bonner: Mas não há nenhum constrangimento para o senhor pelo fato de esta aliança por parte do seu partido, o PSDB, ter sido assinada com o PTB pelas mãos do presidente do partido que teve o mandato cassado inclusive com votos de políticos do seu partido, o PSDB? Isso não provoca nenhum tipo de constrangimento?
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Outra escolha politicamente sábia foi a de perder bastante tempo com o vice escolhido, que serviu para rechaçar a pecha de “centralizador” (único senão no nível da personalidade do ex-governador – que muitos considerariam uma virtude), e para esconder uma mancha no passado do candidato: a preferência declarada pelo vice que acabou conhecendo a prisão, o ex-governador José Roberto Arruda.
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10. Fátima Bernardes: Candidato, nesta eleição, quer dizer, o senhor destaca muito a sua experiência política. Mas na hora da escolha do seu vice, houve um certo, um certo conflito com o DEM exatamente porque houve uma demora para o aparecimento desse nome. Muitos dos seus críticos atribuem essa demora ao seu perfil centralizador. O nome do deputado Índio da Costa apareceu 18 dias depois da sua oficialização, da convenção que oficializou a sua candidatura. É… O senhor considera que o deputado, em primeiro mandato, está pronto para ser o vice-presidente, uma função tão importante?
11. Fátima Bernardes: Eu falei centralizador porque até no seu discurso de despedida do governo de São Paulo, o senhor mesmo explicou sobre essa fama de centralizador.
12. Fátima Bernardes: Mas a experiência dele é municipal, na verdade, não é? Ele teve três mandatos de vereador, o senhor acha que isso o qualifica?
13. Fátima Bernardes: Que ele está exercendo pela primeira vez.
14. William Bonner: Mas um vice não assume só nessas circunstâncias…
15. Fátima Bernardes: Trágicas.
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Quando o passado do “nosso candidato” foi realmente abordado de maneira crítica, optou-se por um tópico menor: pedágio. Entre tantos assuntos mais importantes e relevantes, do ponto de vista da condução de um governo federal, este.
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16. William Bonner: Candidato, eu gostaria de abordar um pouquinho também da sua passagem pelo governo de São Paulo. O senhor foi governo em São Paulo durante quatro anos, seu partido está no poder em São Paulo há 16 anos. Então é razoável que a gente avalie aqui algumas dessas ações. A primeira que eu colocaria em questão aqui é um hábito que o senhor mesmo tem de criticar o modelo de concessão das estradas federais. De outro lado, os usuários, muitos usuários das estradas estaduais de São Paulo que estão sob regime de concessão, se queixam muito do preço e da frequência com que são obrigados a parar para pedágio, quer dizer, uma quantidade de praças de pedágio que eles consideram excessiva. Pergunta: o senhor pretende levar para o Brasil inteiro esse modelo de concessão de estradas estaduais de São Paulo?
17. William Bonner: Mas a que o senhor fez motivou críticas quanto ao preço. Então a questão que se impõe é a seguinte, candidato: não existe um meio termo? Ou o cidadão brasileiro tem uma estrada boa e cara ou ele tem uma estrada ruim e barata. Não tem um meio termo nessa história?
18. William Bonner: Mas esse modelo vai ser exportado para as estradas federais?
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O candidato não respondeu à questão nem a resposta lhe foi cobrada.
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Contra o passado, o futuro – que foi tema constante nas respostas de José Serra.
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Trecho da resposta à primeira pergunta:
1. Candidato, desde o início desta campanha, o senhor tem procurado evitar críticas ao presidente Lula. O senhor acha que… E em alguns casos fez até elogios a ele… o senhor acha que essa é a postura que o eleitor espera de um candidato da oposição?
“Eu estou focado no futuro.”
Trechos da resposta à segunda pergunta:
2. William Bonner: Entendo. Agora, candidato, o senhor avalia o risco que o senhor corre de essa sua postura ser interpretada como um receio de ter que enfrentar a popularidade alta do presidente Lula?
“Eu acho que as pessoas estão preocupadas com o futuro, né? Quem vai tocar o Brasil, quem tem mais condições de poder tocar o Brasil para a frente, que não é uma tarefa fácil.”
“A discussão não é o Lula. A discussão é o que vem para a frente, tá certo? Os problemas do Brasil de hoje e o que tem por diante.”
Trecho da resposta à terceira pergunta:
3. Fátima Bernardes: O senhor tem insistido muito na tecla de que o eleitor deve procurar comparar as biografias dos candidatos que estarão concorrendo, que estão concorrendo nesta eleição. O senhor evita uma comparação de governos. Por exemplo, por quê, entre o governo atual e o governo anterior?
“Não só coisas que fez no passado, mas também ideias a respeito do futuro.”
EXCLUSÃO X INCLUSÃO
Por ser a primeira das três, a entrevista com Dilma Rousseff estabeleceu um (falso) padrão, criando uma (falsa) expectativa: o questionamento agressivo em relação à pessoa, à vida pública e ao passado do convidado.
Como se viu nos dias seguintes, o padrão foi-se abrandando até chegar a uma conversa amiga na terceira entrevista. E estabeleceu-se … o quê? O contraste.
Veja abaixo, em imagens, o belo contraste entre a exclusão e a inclusão que marcou as entrevistas com Dilma e Serra.
O rosto fala
O rosto é a parte mais expressiva do corpo humano. E ele fala. Ao falar, transmite mensagens afetivas sinceras e intensas.
A cara mais feia de William Bonner durante a entrevista com José Serra. A única, na verdade.
As caras feias de William Bonner durante a entrevista com Dilma Rousseff.
Ironia.
Deboche.
Cobrança exasperada. Fátima de cara amarrada.
Eu não ia querer que me olhassem assim.
O corpo fala
Fala sim. E, ao falar, expressa a atitude da pessoa em relação à outra.
As entrevistas serviram para criar um contraste entre a linguagem não verbal da exclusão (“Você não é bem-vinda”) e da inclusão (“Você é muito bem-vindo”).
Na própria chamada para a entrevista, no site do “Jornal Nacional”, essa diferença de tratamento ficou patente.
Os três personagens
A linguagem não verbal da agressividade, do constrangimento e da paciência.
A linguagem não verbal da calma, da simpatia e da confiança.
A entrevista de Dilma – o gestual da exclusão
A postura de afastamento durante uma pergunta. “Fique pra lá!”
A postura de afastamento depois de fazer uma pergunta, saindo de uma posição mais próxima da entrevistada. As mãos agarrando uma à outra. Oposição firme.
Dilma sente o clima hostil e afasta o corpo para trás. Fátima olha preocupada.
O começo do constrangimento de Fátima. O ato de esconder o rosto.
Fátima intervém.  Pressão demais tende a se voltar contra quem pressiona.
Agora o constrangimento é de Bonner. Olhando para baixo e procurando a autoridade perdida.
Nova ajeitada no cabelo. “Será que ele ficou zangado?”
O jeito é descarregar na entrevistada.
E não largar essas mãos em oposição.
O gesto contínuo com os braços, palmas no sentido contrário ao da entrevistada. “Vou para lá e nem quero te ver.”
Bonner vira a cara. “Eu também não.”
A entrevista da Serra – o gestual da inclusão
Um olhar calmo e interessado.
O gesto de união. “Eu faço assim e quem estiver comigo também faz.”
A dança dos gestos. “Vem comigo: daqui…
… para cá.”
“Eu faço assim…
… e você também faz.”
Fátima coloca a mão direita sobre a esquerda.
Serra imita o gesto.
O gesto da entrega.
As mãos indicando união e não oposição.
A palma oferecida.
Aí exagerou.
Pergunte a um especialista em linguagem corporal o que significa esse olho-no-olho, essa cabeça inclinada, esse meio-sorriso, esse braço invadindo o espaço da outra pessoa e essa palma voltada para cima, na direção do interlocutor. Eu não vou contar.
“Me desculpe”. Este não é um gesto de chefe.
Você não ouviu nada semelhante na entrevista com a ex-ministra Dilma:
William Bonner: Agora, candidato, vamos ver uma questão… O senhor me permita, para a gente poder conversar melhor.
[...]
William Bonner: Candidato, o senhor me obriga a interrompê-lo, me perdoe, me perdoe.
Resumo da história
Na entrevista de Dilma, o protagonista foi o macho agressivo. Na entrevista de Serra, a protagonista foi a fêmea simpática. A uma, o tratamento de choque; ao outro, a dádiva da suavidade.
Quer aprender um ditado? De contrastes são feitos os efeitos.
Dilma:
Serra:
P. S. Estas notas deveriam estar escondidas, para evitar suposições de combinação de perguntas e respostas.
Segundo Bonner, “nas próximas semanas os candidatos estarão também no Bom Dia Brasil e Jornal da Globo.”
Dois outros redutos do “nosso lado”, nos quais essas e outras técnicas de comunicação não verbal e de manipulação da opinião pública serão empregadas com maestria – maestria consciente ou inconsciente, não importa. O que importa é o efeito.
Assista e aprenda.

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